O Presidente francês, Emmanuel Macron, admite a declaração do estado de emergência em França, para manter a ordem no país, mergulhado em protestos devido à morte de um jovem de 17 anos numa operação STOP da polícia.
Fonte do Palácio do Eliseu, adianta que Macron está pronto a adaptar o dispositivo policial "sem tabus" após a terceira noite de violência.
A decisão pode sair da reunião do conselho interministerial de crise, que está a decorrer.
Antes do encontro, a primeira-ministra Elisabeth Borne não excluía a possibilidade de ser decretado o estado de emergência, para travar os protestos.
“Vamos examinar todas as possibilidades com o Presidente da República na reunião que está prevista, vamos examinar todas as possibilidades com uma prioridade: o regresso à ordem republicana em todo o território”, disse a governante.
De acordo com as autoridades policiais francesas, o número de pessoas detidas durante os distúrbios, em França, ao fim da terceira noite consecutiva de protestos, aumentou para 677. Só em Paris foram detidas 307 pessoas.
Apesar da mobilização de cerca de 40. 000 policias, foram registados danos em edifícios públicos, pilhagens e confrontos esporádicos em algumas zonas da capital.
Numa mensagem publicada no Twitter, Darmanin garantiu que foram dadas instruções às forças de segurança para manterem "firmeza".
O Presidente francês convocou para esta sexta-feira uma nova reunião do gabinete de crise, após a terceira noite consecutiva de violência em várias cidades do país. Macron saiu mais cedo de Bruxelas, onde decorre a reunião do Conselho Europeu, para participar na reunião de crise.