João Oliveira.​“Queriam-nos derrotados e em debandada, mas encontraram-nos firmes e unidos”
14-12-2024 - 13:09
 • Cristina Nascimento

João Oliveira, eurodeputado do PCP, fez uma das intervenções mais aplaudidas do segundo dia do congresso.

Foi uma das intervenções mais aplaudidas da manhã de trabalhos deste sábado no congresso do PCP, tendo levado a que todos os delegados aplaudissem de pé o seu discurso.

O eurodeputado João Oliveira tomou a palavra começando por considerar que o tempo que dista desde o último congresso, os últimos quatro anos, foi “difícil e exigente”.

“A degradação das condições de vida, a agudização das desigualdades e injustiças sociais, os preocupantes desenvolvimentos da situação internacional, em especial a pandemia e a escalada de confrontação e guerra, marcaram de forma particularmente negativa estes quatro anos”, explicou.

João Oliveira considerou de seguida que assistiu-se a uma “violenta ofensiva contra o partido”, mas que, segundo o comunista, não teve efeitos nos militantes.

“Queriam-nos derrotados e em debandada, mas encontraram-nos firmes e unidos”, garante, recolhendo um aplauso generalizado da sala.

João Oliveira foi eleito eurodeputado em junho, é o único representante do PCP em Bruxelas. No congresso, prestou contas do que tem sido feito no Parlamento Europeu.

Oliveira destaca a voz dos comunistas na defesa da paz.

“Se hoje mais consciências vão despertando para a recusa da guerra é porque também no Parlamento Europeu houve um coletivo de comunistas que soube resistir às campanhas negras, às calúnias, às falsificações e se manteve firme na defesa da paz, da cooperação e da solidariedade entre os povos”.