Foi uma das intervenções mais aplaudidas da manhã de trabalhos deste sábado no congresso do PCP, tendo levado a que todos os delegados aplaudissem de pé o seu discurso.
O eurodeputado João Oliveira tomou a palavra começando por considerar que o tempo que dista desde o último congresso, os últimos quatro anos, foi “difícil e exigente”.
“A degradação das condições de vida, a agudização das desigualdades e injustiças sociais, os preocupantes desenvolvimentos da situação internacional, em especial a pandemia e a escalada de confrontação e guerra, marcaram de forma particularmente negativa estes quatro anos”, explicou.
João Oliveira considerou de seguida que assistiu-se a uma “violenta ofensiva contra o partido”, mas que, segundo o comunista, não teve efeitos nos militantes.
“Queriam-nos derrotados e em debandada, mas encontraram-nos firmes e unidos”, garante, recolhendo um aplauso generalizado da sala.
João Oliveira foi eleito eurodeputado em junho, é o único representante do PCP em Bruxelas. No congresso, prestou contas do que tem sido feito no Parlamento Europeu.
Oliveira destaca a voz dos comunistas na defesa da paz.
“Se hoje mais consciências vão despertando para a recusa da guerra é porque também no Parlamento Europeu houve um coletivo de comunistas que soube resistir às campanhas negras, às calúnias, às falsificações e se manteve firme na defesa da paz, da cooperação e da solidariedade entre os povos”.