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Os cidadãos do Reino Unido estão a ser avisados pelo Governo para não fazerem quaisquer planos de viagem e de férias para o verão, pelo menos por enquanto.
O ministro dos Transportes, Grant Shapps, disse em entrevista à BBC que o melhor é não fazer planos nenhuns.
“Até sabermos como sair do confinamento, o que só acontecerá quando tivermos mais dados e mais informação sobre as vacinas, por favor não marquem férias”, disse.
A notícia foi recebida com desalento pelos britânicos, já saturados por meses de medidas restritivas motivadas pela Covid-19 e é preocupante também para países do Sul da Europa, incluindo Portugal, que dependem muito do turismo das ilhas britânicas.
Para piorar a situação, contudo, o Governo já pediu que não se cancelem apenas os planos para viajar para o estrangeiro, mas mesmo os de viajar dentro do país.
Muitos esperavam que o sucesso do programa de vacinação permitisse levantar as restrições a tempo do verão, mas o Governo diz que não basta ter a população vacinada, pois é necessário esperar que outros países também o façam, sobretudo perante o surgimento de variantes mais perigosas do vírus, como a da África do Sul e do Brasil.
As declarações de Shapps surgem no dia depois de o Governo ter anunciado penas muito pesadas para quem tentar fugir à quarentena obrigatória depois de regressar de países de risco, ou para quem tentar esconder o facto de ter viajado desses países. Os ofensores arriscam 10 anos de cadeia ou multas até perto de 11,500 euros (10 mil libras).
A partir de dia 15 de fevereiro o Reino Unido fecha as fronteiras a todos os cidadãos estrangeiros, exceto aos da Irlanda. Mesmo os irlandeses e britânicos que regressem ao país a partir dessa data serão obrigados a pagar dez dias de quarentena num hotel aprovado pelo Governo, mais transporte até ao hotel, por um custo de perto de dois mil euros.
Portugal faz parte da lista negra de países de risco, segundo o Governo britânico.