O partido Chega anunciou este sábado que celebrará a tentativa de golpe militar de 25 de novembro de 1975, numa cerimónia no Auditório Almeida Santos, na Assembleia da República.
A direção nacional do Chega recorda que o parlamento recusou a proposta do seu deputado, André Ventura, de fazer uma sessão solene a assinalar o dia em que “os elementos do Regimento de Comandos da Amadora, liderados pelo coronel Jaime Neves, evitaram que Portugal fosse definitivamente entregue pelo líder do COPCON, capitão Otelo Saraiva de Carvalho, a um regime à semelhança da URSS”.
O Chega diz que, perante isto, realizará uma cerimónia evocativa do evento, às 15h00 de segunda-feira, no Auditório Almeida Santos, na Assembleia da República.
Em comunicado, a direção do partido repete a pretensão de que a data seja comemorada “com a dignidade que merece, como uma comemoração solene da Assembleia da República”, tal como apresentou num projeto de resolução.
Na proposta ao parlamento, o Chega defendeu que é necessário fazer justiça “à história de Portugal, aos portugueses, à democracia e ao Estado de Direito democrático”, solicitando que se fizesse também uma “homenagem ao Regimento de Comandos da Amadora, bem como a todos aqueles que a 25 de novembro (…) contribuíram para que hoje possamos festejar o dia em que a liberdade (…) nos foi finalmente devolvida”.
No comunicado hoje divulgado, a direção nacional do Chega lamenta que “outros partidos, bem como o sr. Presidente da República, nunca tenham dado qualquer importância ao 25 de novembro”, referindo-se à tentativa de golpe militar, em 1975, que colocou fim ao chamado Processo Revolucionário em Curso (PREC).
“Foi exatamente a 25 de novembro de 1975 que Portugal conseguiu sair do jugo comunista a que estava votado, livrando-se da privação da liberdade democrática que hoje, apesar de tudo, ainda vamos vivendo”, pode ler-se no comunicado do Chega.