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O primeiro português envolvido no caso dos “Panama Papers”, Idalécio de Castro Rodrigues de Oliveira, é natural de Queirã. Mas na mesma freguesia de Vouzela há outro Idalécio, que está a ser confundido com o empresário citado no escândalo dos paraísos fiscais.
São dois homens registados com nomes semelhantes, na mesma freguesia, mas Idalécio Mendonça da Silva, que foi emigrante na Suíça, diz nada ter a ver com o outro Idalécio, nem com o caso.
A presidente da junta de freguesia de Queirã, Susana Outeiro, garante à Renascença que o Idalécio Oliveira mencionado nas notícias sobre os “Panama Papers” não reside naquela localidade do concelho de Vouzela “há muitos, muitos anos”. Talvez “há mais de 30 ou 40 anos”.
A Renascença falou também com a irmã do outro Idalécio, o tal que ainda vive em Queirã (e que não quer fazer comentários). “O meu irmão não tem nada a ver com esse Idalécio Oliveira, o meu irmão é Idalécio Mendonça da Silva, nem sequer ouvimos falar no Panamá, sabemos lá o que isso é”, conta Maria Fernanda, de 73 anos.
“À noite estava a ouvir o telejornal e ficámos estranhos. Ele vai processar quem pôs a casa dele na net. Que grande confusão! O meu irmão não tem dinheiro nesses bancos, nem no Panamá. Ele só tem a casa aqui”, garante.
Maria Fernanda lamenta a confusão a envolver o seu irmão, cuja casa tem sido alvo de visitas constantes de jornalistas, identificando-o como Idalécio Oliveira.
Em Queirã, já há muito que se perdeu o rasto ao empresário de Vouzela que terá tido 14 empresas com sede nas Ilhas Virgens britânicas em áreas como minério, gás natural e exploração de petróleo.