O Prémio Nobel da Paz é, esta sexta-feira, atribuído em Oslo, Noruega, num contexto em que a guerra na Ucrânia se arrasta há quase 19 meses e a comunidade internacional está fortemente fragmentada.
Todas as outras categorias destes galardões são anunciadas em Estocolmo, Suécia, exceto o Nobel da Paz que, como habitualmente, é atribuído pelo Comité Nobel Norueguês. O Nobel da Paz recebeu este ano 351 candidaturas.
Ao longo das últimas semanas, os especialistas avançaram como possíveis vencedores do galardão as mulheres iranianas que, desde a morte da jovem Mahsa Amini (em setembro de 2022), depois de ter sido detida por alegadamente violar o rigoroso código de vestuário imposto às mulheres, têm vindo a manifestar a sua revolta; os investigadores de crimes de guerra no conflito em curso na Ucrânia; a oposição russa e os ativistas que lutam contra as alterações climáticas, numa altura em que o verão de 2023 foi o mais quente alguma vez registado no mundo e em que o mau tempo, os incêndios e as inundações assolam todo o planeta.
Em 2022, o galardão foi atribuído a Ales Bialiatski, da Bielorrússia, e às organizações de defesa dos direitos humanos Memorial, da Rússia, e Centro de Liberdades Civis, da Ucrânia.
A cerimónia de entrega do Nobel da Paz realiza-se a 10 de dezembro (no dia da morte de Alfred Nobel) em Oslo.