A Comissão Europeia reviu em alta de 0,3 pontos percentuais o crescimento económico esperado para Portugal este ano (para 5,8%), apesar dos desafios externos, segundo as previsões de primavera divulgadas esta segunda-feira.
É o valor mais alto na UE. Segue-se a Irlanda (5,4%), Malta (4,2%) e Espanha (4%).
Para os economistas, o turismo e sector dos serviços devem "recuperar fortemente" com o regresso dos estrangeiros ao país.
Nas previsões macroeconómicas, Bruxelas prevê um défice de 1,9% do Produto Interno Bruto (PIB) este ano, abaixo dos 3,4% estimados no outono, revelando-se também mais otimista sobre o desempenho orçamental em 2023, ao esperar um défice de 1%, quando anteriormente previa um saldo negativo de 2,8%.
As receitas públicas conduziram a uma redução do défice, “graças a um aumento das receitas fiscais e das contribuições sociais (2,5% do PIB) e o aumento do fluxo de fundos da União Europeia (mais de 1% do PIB) face a 2020”. A previsão do défice dos técnicos está, assim, em linha com a do Ministério das Finanças para este ano, subjacente à proposta do Orçamento do Estado.
Em 2021, o défice ficou nos 2,8%, abaixo dos 5,8% registados em 2020.
No boletim macroeconómico , Bruxelas salienta que "Portugal está a implementar medidas adicionais para mitigar o impacto dos preços elevados da energia em 2022, que incluem uma combinação de isenções fiscais e novos subsídios a empresas e famílias".