Cerca de 1.500 professores terão sido prejudicados pelo regime de mobilidade por doença nos dois últimos anos. As contas são da Fenprof que apresenta, esta manhã, em conferência de imprensa, o relato de docentes que viram a situação clínica agravada ou que tiveram de apresentar baixa médica, depois de não terem conseguido vaga no regime de mobilidade por doença.
À Renascença, Mário Nogueira adianta que muitos docentes ficaram impedidos de concorrer, ou não conseguiram vaga.
“Por aquilo que nós conseguimos ver poderão ser na ordem dos 1.000 a 1.500 professores que ou não puderam concorrer ou tendo concorrido não havia vaga, porque, na verdade, aquilo que deveria ser um regime de proteção na doença transformou-se num concurso”, diz.
Nestas declarações, o sindicalista acrescenta que “no ano em que a legislação tem de ser alterada - a própria legislação o prevê - a Fenprof quer provar que não se pode manter um regime sequer semelhante àquele que hoje vigora”.
“E isso significa, portanto, que a legislação tem que ser profundamente alterada. E quem o vai dizer, mais do que nós, são os próprios que foram afetados por ela com as suas situações clínicas agravadas ou com o facto de terem sido obrigados a ficar de baixa médica”, conclui.