Com o possível alívio de restrições e passada uma semana do fim da quarentena para os britânicos com duas doses da vacina, o Algarve olha para agosto com alguma esperança.
“O número de turistas britânicos aumentou com o fim da exigência de quarentena para quem tem a vacinação completa – que já são três milhões no Reino Unido”, refere o presidente da Região de Turismo do Algarve nesta segunda-feira à Renascença.
“Há um aumento progressivo, mas a expectativa é que nesta semana haja uma procura mais robusta, porque as férias escolares dos britânicos começaram na semana passada”, adianta.
João Fernandes revela-se, contudo, cauteloso. “Temos de nos lembrar que não estamos com um corredor dedicado em que somos o único destino. Além disso, os níveis da pandemia em Portugal não são neste momento o cartão de visita mais convidativo e há um conjunto de circunstâncias que não são semelhantes à de outros tempos, em que houve uma afluência massiva”.
Para já, “o principal efeito” do fim da quarentena para os britânicos que viajem e tenham a vacinação completa “foi a redução do número de cancelamentos”. E as taxas de ocupação ainda não refletem um grande fluxo de turistas.
“Em junho, terminámos com cerca de 43% de ocupação; julho não está a ser um mês famoso, deverá andar à volta dos 50%, pouco mais do que isso, e estamos a falar de meses em que estaríamos já próximos dos 80%-90% de ocupação”, afirma o presidente da RTA.
Face a 2020, “estamos em franca perda e perda acumulada”, sublinha. “São muitos meses com uma procura muito abaixo do habitual e do que é a oferta instalada, o que faz muita diferença na vida dos empresários e dos trabalhadores”, acrescenta João Fernandes.
Os olhos estão, por tudo isto, colocados em agosto. “Esperamos que haja um sinal mais positivo, até com a retirada das restrições para os horários dos restaurantes, entre outras atividades, e de circulação na rua, que será também uma forma de as pessoas poderem usufruir melhor do território”, considera o responsável pelo turismo do Algarve.