O Papa fez um veemente apelo à paz no Médio Oriente, este domingo, após a recitação da oração do Regina Caeli. Francisco disse ser “inaceitável” a morte de crianças no conflito entre Israel e Palestina.
Disse seguir com enorme preocupação o que está a acontecer a Terra Santa. “Nestes dias de violência na Faixa de Gaza e Israel que arriscam a degenerar numa espiral de morte e destruição”, advertiu no Vaticano, lembrando que várias pessoas ficaram feridas e “muitos inocentes morreram, entre eles também crianças”.
“Isto é terrível, é inaceitável. A sua morte é um sinal de que não se quer construir o futuro, pelo contrário, querem destrui-o”, declarou.
O Papa abordou ainda os confrontos que se verificam entre árabes e judeus em várias localidades israelitas. “O crescendo de ódio e de violência que atinge várias cidades de Israel é uma grave ferida para a fraternidade e convivência pacífica entre os cidadãos, que será difícil curar sem que se volte a abrir, imediatamente, o diálogo”, apontou.
Pediu o fim da lógica do “ódio e da vingança”, julgando que se pode construir a paz “destruindo o outro”.
“Faço um apelo à calma e aos que têm responsabilidades para que façam cessar a destruição pelas armas e para que percorram os caminhos da paz, também com a ajuda da comunidade internacional.”
De seguida convidou à oração para que israelitas e palestinos “possam encontrar o caminho do diálogo e do perdão, para que sejam pacientes construtores de paz e de justiça, abrindo-se, passo a passo, a uma esperança comum, a uma convivência de irmãos”.
Os ataques israelitas deste domingo contra Gaza fizeram mais 33 mortos, incluindo 13 crianças.
Ao sétimo dia de violência há a registar 181 óbitos, das quais 52 menores. Do lado israelita, as autoridades falam em 10 mortos.
Os combates começaram em 10 de maio, após semanas de tensão entre israelitas e palestinianos em Jerusalém Oriental, que culminaram com confrontos na Esplanada das Mesquitas, o terceiro lugar sagrado do islão junto ao local mais sagrado do judaísmo.
Ao lançamento maciço de foguetes por grupos armados em Gaza em direção a Israel opõe-se o bombardeamento sistemático por forças israelitas contra a Faixa de Gaza.
O conflito israelo-palestiniano remonta à fundação do Estado de Israel, cuja independência foi proclamada em 14 de maio de 1948.