O chanceler alemão, Olaf Scholz, anunciou, este domingo, que o seu governo pretende usar os lucros excecionais ("windfall profits") das empresas de energia para reduzir a fatura energética dos consumidores.
Olaf Scholz falava na conferência de imprensa em que apresentou um novo (o terceiro) pacote de ajuda às famílias e empresas perante o aumento do custo de vida e da energia, aumentando para 65 mil milhões de euros o valor global das medidas de apoio na Alemanha.
Os dois primeiros pacotes, que totalizam 30 mil milhões de euros, incluíam, entre outros benefícios para os cidadãos, um subsídio de transporte público com bilhetes a nove euros por mês que permitem viajar por toda a Alemanha e um desconto em combustível, limitado a três meses, que terminou em agosto.
No documento em que avança com um novo plano de ajuda maciça contra a inflação, o governo alemão indica que defenderá uma medida de "dedução parcial dos lucros inesperados" dessas empresas a ser implementado no âmbito da União Europeia, mas afirma-se pronto para agir a nível nacional.
"Os produtores estão simplesmente a tirar partido dos preços muito elevados do gás que determinam o preço da eletricidade", observou o chanceler alemão na conferência de imprensa, numa referência ao que é habitualmente designado por "windfall profits".
Entre as medidas aplicadas neste terceiro pacote contam-se, ainda, a eliminação da sobretaxa no preço da eletricidade destinada a financiar as energias renováveis e uma bonificação única de 100 euros por criança e energética até 300 euros.
Neste terceiro pacote, os líderes partidários discutiram ajudas específicas direcionadas para as pessoas de menores rendimentos, especialmente aposentados e estudantes, redução de impostos e um eventual sucessor do bilhete de nove euros para os transportes locais.