Uma investigação pelo procurador-geral de Illinois, nos Estados Unidos, estima que 451 membros da Igreja Católica abusaram de quase 1.997 mil crianças, em todas as dioceses do estado, ao longo de sete décadas.
Os números são superiores aos dados que a Igreja Católica norte-americana avançou, em 2018.
Na altura, a Igreja tinha divulgado a identidade de 103 membros que seriam responsáveis por abusos de menores. À medida que a investigação avançou, a Igreja divulgou mais alguns nomes.
Num relatório de quase 700 páginas, o procurador-geral de Illinois, Kwame Raoul, aponta que "a Igreja faz um trabalho importante no apoio às populações mais vulneráveis, mas tem de ser responsabilizada quando trai a confiança do público".
A investigação refere que muitos abusadores tiveram "o benefício da dúvida", o que lhes permitiu continuar a abusar de mais vítimas.
"Foi negada Justiça a centenas de sobreviventes, porque a Igreja não investigou certas denúncias de abuso sexual de menores", indica o relatório do procurador-geral.