A ministra da Justiça, Catarina Sarmento e Castro, discorda de um eventual agravamento das penas aplicadas aos autores de incêndios.
"Creio que a pena está neste momento ajustada", afirmou Catarina Sarmento e Castro, questionada em Coimbra pela agência Lusa.
A ministra adiantou que tem "ouvido várias intervenções de dirigentes dos próprios órgãos de polícia criminal", incluindo da Polícia Judiciária (PJ), que "têm manifestado esta mesma opinião".
"O que estamos a fazer, por um lado, é a trabalhar na prevenção" dos incêndios rurais, referiu, indicando que, por outro lado, o Governo está "a investir em cada vez mais meios" de investigação, tanto para a PJ, como para a GNR.
A 14 de agosto, o ministro da Administração Interna, José Luís Carneiro, disse que este ano foram detidos 119 suspeitos do crime de incêndio florestal, salientando o trabalho de fiscalização e inspeção.
Portugal regista este ano um aumento da área ardida. Já foi ultrapassada a barreira dos 100 mil hectares consumidos pelos incêndios este ano. De acordo com os dados oficiais do Instituto de Conservação da Natureza e Florestas, desde 1 de janeiro já arderam 102.710 hectares.
É uma área maior do que aquilo que ardeu no total dos últimos dois e, nesta altura do ano, 61% mais do que a média da última década.