Os trabalhadores das bilheteiras e os revisores da CP cumprem esta terça-feira o terceiro e último dia de greve. Uma paralisação que vai manter as perturbações na circulação de comboios, com supressões ao longo do dia, mesmo com a garantia de serviços mínimos.
Fonte da CP confirmou à Renascença que até às 8h00 circularam 176 comboios dos 425 programados. Já dos serviços mínimos eram 165 e realizaram-se 159.
Luís Bravo, do Sindicato Ferroviário da Revisão Comercial Itinerante (SFRCI), que convocou a paralisação fala de uma "adesão maciça" que demonstra o "grande descontentamento" dos trabalhadores.
No entendimento do sindicato, "a situação é revoltante", salientando que nos últimos 10 anos os trabalhadores receberam apenas aumentos residuais.
Os trabalhadores da CP iniciaram no domingo uma greve nacional de três dias em protesto contra a proposta de regulamento de carreiras apresentada pela CP, que dizem prever "um aumento da polivalência de funções" e a "junção e extinção de categorias profissionais", considerando que tal "vai pôr em causa postos de trabalho presentes e futuros".
Reclamam igualmente a "melhoria do salário base, que atualmente está no limiar do salário mínimo nacional", e a "reposição das perdas salariais sofridas pelos ferroviários operacionais que foram contagiados pela pandemia provocada pela covid-19, bem como pelos que tiveram de cumprir confinamento profilático por estarem em contacto com colegas infetados".
A CP alertou que durante os três dias de greve convocada pelo SFRI "podem ocorrer fortes perturbações na circulação de comboios a nível nacional".
Quem já tiver bilhetes para
viajar em comboios dos serviços Alfa Pendular, Intercidades, Internacional,
InterRegional e Regional, poderá solicitar o reembolso do valor total do
bilhete adquirido ou a sua revalidação, sem custos.
[notícia atualizada às 10h15]