Os cerca de 30 portugueses registados no consulado "estão bem", garante o secretário de Estado das Comunidades Portuguesas. Paulo Cafôfo diz que "a indicação que há é de que estão a salvo e que até à data não foi recebido qualquer pedido de apoio ou ajuda para sair do Havai", adianta à Renascença.
A maior preocupação neste momento é com a população lusodescendente, de acordo com Paulo Cafôfo. No Havai vivem cerca de 100 mil lusodescendentes, uma população que cresceu depois da grande emigração de portugueses para o Havai no final do século XIX. "Por não estarem registados é mais difícil acompanhar", diz o secretário de Estado, que garante que o Governo vai continuar a acompanhar a situação para saber se há lusodescendentes entre as vítimas do incêndio.
Paulo Cafôfo acredita que, tendo em conta a dimensão da tragédia, é possível que existam lusodescendentes entre os desaparecidos e as vítimas mortais. “Há uma lista enorme de desaparecidos, mas está é uma situação de catástrofe de dimensões gigantescas e ainda não temos a fotografia final. Acreditamos que há a probabilidade de que lusodescendentes tenham perdido a vida", lamenta.
O Governo está a acompanhar a situação em contacto com as autoridades locais e com a embaixada de São Francisco que o Havai na área de jurisdição.
O secretário de Estado admite que com o tempo o próprio Governo e a população portuguesa possam desenvolver iniciativas para dar apoio ao Havai na sua recuperação. "Se há uma coisa que caracteriza Portugal e os portugueses é a solidariedade, à medida que o tempo vai avançando obviamente que temos todos, eu diria o governo e o país de arranjar formas para ajudar não só os lusodescendentes, mas todas as pessoas afetadas pelos incendios no Havai", defende.