Portugueses no Havai "estão a salvo", diz Governo
13-08-2023 - 19:57
 • Filipa Ribeiro

O secretário de Estado das Comunidades Portuguesas recebeu a indicação de que os cerca de 30 portugueses registados na embaixada estão bem. A maior preocupação é com os 100 mil lusodescendentes que vivem no país. Paulo Cafôfo admite que entre as vítimas mortais possam estar pessoas com descendência portuguesa.

Os cerca de 30 portugueses registados no consulado "estão bem", garante o secretário de Estado das Comunidades Portuguesas. Paulo Cafôfo diz que "a indicação que há é de que estão a salvo e que até à data não foi recebido qualquer pedido de apoio ou ajuda para sair do Havai", adianta à Renascença.

A maior preocupação neste momento é com a população lusodescendente, de acordo com Paulo Cafôfo. No Havai vivem cerca de 100 mil lusodescendentes, uma população que cresceu depois da grande emigração de portugueses para o Havai no final do século XIX. "Por não estarem registados é mais difícil acompanhar", diz o secretário de Estado, que garante que o Governo vai continuar a acompanhar a situação para saber se há lusodescendentes entre as vítimas do incêndio.

Paulo Cafôfo acredita que, tendo em conta a dimensão da tragédia, é possível que existam lusodescendentes entre os desaparecidos e as vítimas mortais. “Há uma lista enorme de desaparecidos, mas está é uma situação de catástrofe de dimensões gigantescas e ainda não temos a fotografia final. Acreditamos que há a probabilidade de que lusodescendentes tenham perdido a vida", lamenta.

O Governo está a acompanhar a situação em contacto com as autoridades locais e com a embaixada de São Francisco que o Havai na área de jurisdição.

O secretário de Estado admite que com o tempo o próprio Governo e a população portuguesa possam desenvolver iniciativas para dar apoio ao Havai na sua recuperação. "Se há uma coisa que caracteriza Portugal e os portugueses é a solidariedade, à medida que o tempo vai avançando obviamente que temos todos, eu diria o governo e o país de arranjar formas para ajudar não só os lusodescendentes, mas todas as pessoas afetadas pelos incendios no Havai", defende.