​Pastoral Social. A Igreja que se molha, suja e envolve com quem mais precisa
14-09-2016 - 21:45
 • Inês Rocha , Paulo Ribeiro Pinto

A irmã Fátima Magalhães é um exemplo de como a Pastoral Social da Igreja chega às pessoas.

"O ideal é que o rio não se polua, mas se estiver poluído temos que tentar despoluir". É neste rio que a irmã Maria de Fátima Magalhães se move: nos bairros sociais mais complicados, com histórias que não estão assim tão longe da realidade de todos.

Em Elvas, onde vive, é responsável pelo projecto "Prevenir e Remediar", que procura chegar aos mais "pequenos" da sociedade.

A coordenadora do Movimento Teresiano de Apostolado (MTA) gere oito projectos sociais naquela cidade alentejana, o que a leva a contactar de perto com a realidade da prostituição e do tráfico de droga, mais premente nesta zona fronteiriça. No seu dia-a-dia, apoia também várias famílias carenciadas e desestruturadas.

Realidades que mexem com a irmã Fátima e "implicam a sua vida". Procura ser "rosto de misericórdia" e uma esperança para estas pessoas.

"Sinto que Deus me pede que não esteja à margem mas que me molhe, me suje, me envolva", conta, em entrevista à Renascença.

O XXX Encontro da Pastoral Social, subordinado ao tema "a Laudato si’ no Ano da Misericórdia", reúne os organismos ligados à vertente social da Igreja, como a Cáritas Portuguesa, a Pastoral da Saúde, a Comissão Nacional Justiça e Paz, os vicentinos, o Serviço Pastoral às Pessoas com Deficiência, a Fundação Ajuda à Igreja que Sofre e a Pastoral Penitenciária.