NATO debate o envio de caças à Ucrânia
14-02-2023 - 06:24
 • Marisa Gonçalves com Agências

O tema vai estar em discussão, no âmbito de uma reunião de ministros da Defesa Aliança Atlântica, em Bruxelas, enquanto Kiev reclama mais apoio militar.

O envio de mais armas de combate para a Ucrânia é um dos assuntos na agenda da reunião de ministros da Defesa da Organização do Tratado do Atlântico Norte (NATO), que começa esta terça-feira, em Bruxelas.

Antes dessa reunião, também na Bélgica, o chefe de defesa dos EUA, Lloyd Austin, e o general Mark Milley, presidente do Estado-Maior Conjunto dos EUA, vão presidir uma sessão do Grupo de Contato da Ucrânia liderado por Washington, que tradicionalmente se reúne na base militar dos EUA em Ramstein, na Alemanha.

O encontro irá contará com a presença do ministro da Defesa ucraniano, Alexey Reznikov. Através das redes sociais, o governante já sublinhou que as prioridades para a Ucrânia são “a proteção do céu ucraniano, inclusivamente através de uma plataforma de aviação”.

“Trabalharemos intensamente com parceiros nos próximos dias. O ritmo é extremamente alto”, assegura.

Em paralelo, Reznikov anuncia que quer promover ainda mais a denominada “coligação de tanques” e tratar da “criação de uma forte reserva de munições”.

Esta segunda-feira, o secretário-geral da NATO, Jens Stoltenberg, alertou para a necessidade de a indústria de defesa ocidental aumentar a capacidade de produção de munições, como forma de conseguir atender às necessidades do exército ucraniano.

Stoltenberg também considerou que a Organização do Tratado do Atlântico Norte concordaria em estabelecer uma rede virtual de satélites, para melhorar as condições de vigilância, avisando para a iminência de novos ataques das forças russas.

Na frente diplomática, o Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, veio garantir estar em negociações com os aliados, para reforçar o apoio militar a Kiev.

“Nas próximas semanas irá continuar a nossa maratona diplomática. Haverá outra reunião em Ramstein. Estamos a preparar-nos e estamos a trabalhar para garantir que todas as nossas negociações se refletem nas decisões de defesa dos nossos parceiros, tanto em Ramstein, como durante o período que antecede o dia 24 de fevereiro. Estão também agendadas novas reuniões e negociações bilaterais", afirmou na sua habitual mensagem noturna, em vésperas de se assinalar um ano da ofensiva russa.