Bruno Fernandes, internacional português e médio do Manchester United, admite que quer ser treinador quando terminar a carreira enquanto jogador profissional.
Em entrevista à "Gazzetta dello Sport", o médio revelou que procura assistir a outros campeonatos, ler, perguntar e tirar apontamentos. “Porque um dia gostava de treinar”, admitiu.
Ainda na conversa com o jornal italiano, Bruno Fernandes lembrou o seu percurso em Itália, onde vestiu as camisolas do Novara, Udinese e Sampdoria, e justificou a razão pela qual “tanto talento” tenha escapado a estes clubes, face aos números que tem no United.
“Era muito jovem, tive que completar o meu crescimento, de um país para o outro. Em Itália, não consegui afirmar-me totalmente porque a posição de médio atacante no vosso futebol não tem uma vida fácil”, justificou Bruno Fernandes.
Da Sampdoria, Bruno Fernandes seguiu para o Sporting, com números sempre em crescendo, chegando aos 16 golos na primeira época e aos 32 na segunda, não cumprindo já na totalidade a terceira, com a transferência, em janeiro de 2020, para o Manchester United.
De Itália, Bruno Fernandes lamentou não ter tido mais tempo com o treinador Francesco Guidolin, na Udinese, mas disse que só tem a agradecer o que Itália lhe deu e a experiência de “crescimento ao mais alto nível”.
Na comparação com Inglaterra, com a chegada ao Manchester United, o médio português sublinhou “a intensidade” na Liga inglesa, com equipas pequenas de grande qualidade e a colocarem muitos problemas, enquanto em Itália o plano “tático” é como uma universidade do desporto.
Um ano de pandemia não evitou que o médio considere 2020 “especial”, devido à transferência do Sporting para o Manchester United.
“Do ponto de vista profissional, foi o melhor ano de sempre: a transferência para o United, a Liga inglesa, 12 meses de satisfação no relvado. Fora disso, foi complicado, com a distância da família, a proteção devido ao vírus, a dificuldade em manter crianças pequenas em casa, que não entendem as restrições”, explicou.