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A Organização Mundial da Saúde (OMS) vai descontinuar a utilização de hidroxicloroquina e de lopinavir/ritonavir no tratamento de pacientes hospitalizados com covid-19, pela falta de evidências da redução da mortalidade de pacientes infetados.
De acordo com um comunicado divulgado este sábado, a OMS “aceitou hoje a recomendação do Estudo de Solidariedade do Comité de Direção Internacional para descontinuar” os testes de hidroxicloroquina e de lopinavir/ritonavir.
“Os resultados interinos dos testes demonstram que a hidroxicloroquina e a lopinavir/ritonavir diminuem pouco ou nada a mortalidade de pacientes com covid-19 hospitalizados, comparando com os tratamentos convencionais”, explicita a nota publicada na página na internet da OMS, acrescentando que os investigadores vão interromper os tratamentos com estes medicamentos “com efeito imediato”.
A Organização Mundial da Saúde também dá conta de que, para cada um dos medicamentos, “os resultados interinos não apresentam evidências sólidas de um aumento da mortalidade” destes pacientes.
A OMS acrescenta que esta descontinuação da utilização dos dois fármacos apenas se aplica “à conduta do estudo de Solidariedade em pacientes hospitalizados e não afeta a avaliação possível em outros estudos de hidroxicloroquina ou lopinavir/ritonavir” em pessoas infetadas pelo SARS-CoV-2, mas que não estão internadas.
A eficácia destes medicamentos foi comparada com os tratamentos convencionais para a doença provocada pelo novo coronavírus, sublinhou o comunicado.
A pandemia de covid-19 já provocou mais de 526 mil mortos e infetou mais de 11 milhões de pessoas em 196 países e territórios, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.
Em Portugal, morreram 1.598 pessoas das 43.156 confirmadas como infetadas, de acordo com o boletim mais recente da Direção-Geral da Saúde, divulgado este sábado.