Cerca de 13 mil casas poderão ter sido danificadas ou destruídas pela força de ventos que atingiram os 300 quilómetros por hora à passagem do furacão Dorian pelas Bahamas, indicou esta segunda-feira a Cruz Vermelha.
“Não temos ainda uma imagem completa do que aconteceu. Mas é claro que o furacão Dorian teve um impacto catastrófico”, declarou Sune Bulow, chefe do centro de operações de emergência da Federação Internacional das Sociedades da Cruz Vermelha e do Crescente Vermelho (FICR).
Bulow explicou que a organização com sede em Genebra está a responder a “necessidades de abrigo importantes”, de acordo com um comunicado citado pela agência France-Presse.
A população daquele arquipélago caribenho tem ainda necessidade de água potável, assistência sanitária e de apoio económico a curto prazo, precisa o responsável.
Um furacão de categoria 5, qualificado como “catastrófico” pelo centro nacional de furacões dos Estados Unidos (NHC), atingiu a terra no domingo em Elbow Cay, nas ilhas Abacos no noroeste das Bahamas, país composto por 700 ilhas.
De acordo com o NHC, o Dorian é o “furacão mais violento da história moderna no noroeste das Bahamas”.
O balanço das vítimas não é ainda conhecido, mas a agência Associated Press fala em casas destruídas, telhados desfeitos, carros capotados e postes de eletricidade caídos.
O furacão provocou “estragos consideráveis” nas ilhas Abacos e Grande Bahama, de acordo com as primeiras avaliações rápidas das autoridades e responsáveis da Cruz Vermelha no terreno.
No domingo, a força máxima do vento atingiu os 297 km/h, com rajadas de até 354 km/h, tornando-se o furacão atlântico mais potente a atingir terra.
Hoje, a velocidade máxima dos ventos baixou ligeiramente para 265 km/h e o furacão dirige-se agora para a Florida e costa dos Estados Unidos.
De acordo com a Cruz Vermelha norte-americana, 19 milhões de pessoas vivem nas zonas que poderão ser afetadas pela intempérie e um número estimado de até 5 mil pessoas na Florida, Geórgia e Carolina do Sul poderão vir a precisar de abrigo de urgência em função do impacto dos ventos e chuvas.
Os governadores da Geórgia e da Carolina do Sul já ordenaram a evacuação de toda a costa daqueles dois estados norte-americanos e os Estados Unidos emitiram alerta para a costa este.
Entretanto, o Gabinete das Nações Unidas para a Coordenação de Assuntos Humanitários já revelou ter destacado pessoal para Nassau, nas Bahamas, para dar apoio na resposta ao impacto do Dorian.
O meteorologista e colunista Eric Holthaus afirmou, igualmente no Twitter, que o Dorian é o furacão que mais rapidamente passou da categoria 4 ao nível máximo na escala desde que há registos.
O Dorian chegou a terra no domingo no norte das Bahamas como um furacão de categoria 5, pelas 12:40 locais (17:40 em Lisboa), arrancando telhados, virando automóveis e derrubando postes de eletricidade, segundo o relato publicado pela agência de notícias Associated Press.
“É devastador. Houve um enorme prejuízo nas propriedades e infraestruturas. Felizmente, não temos registo de mortes”, afirmou a diretora-geral do Ministério do Turismo e Aviação daquele país, Joy Jibrilu.
A Secretaria de Estado das Comunidades Portuguesas não tem informação de cidadãos portugueses atingidos.