A comissão de utentes do Barreiro, que utiliza os barcos da Soflusa, pede medidas urgentes para que a ligação entre as duas margens do rio Tejo se faça com normalidade.
“Precisamos de um plano de emergência que não é a curto prazo, é para a próxima semana já, porque é expectável que continue a aumentar o número de utilizadores em função da diminuição dos preços. Ou será que há aqui alguma tentativa de sabotar uma medida que socialmente é das mais justas que foram tomadas no país nos últimos anos?”, questiona José Encarnação, daquela comissão.
Em declarações à Renascença, diz não saber a resposta, mas “quer respostas”.
Para tal, a comissão de utentes vai reunir-se na sexta-feira de manhã com a administração da empresa – a mesma que acusa de não ter feito os investimentos necessários “ao longo de muitos anos”.
“Não foram feitos quer em embarcações quer na admissão de pessoal e, portanto, isto tinha que, de algum modo descambar”, afirma.
José Encarnação chama ainda a atenção para o facto de a aquisição de novas embarcações feita “há uns meses” pelo Governo se destinar “só à Transtejo – para o Barreiro não há uma única embarcação prevista”.
“Acresce a isto, também só estarão disponíveis daqui a três, quatro anos”, critica.
Os mestres dos barcos têm um pré-aviso de greve às horas extraordinárias a partir de dia 23. Esta quinta-feira, o secretário de Estado da Mobilidade, José Mendes, apelou, em declarações à Renascença, à não realização desta paralisação.