Na sua homilia esta terça-feira, D. Manuel Linda aludiu ao “número simbólico” e ao facto destas ordenações se juntarem “aos cinco Padres e oito Diáconos em ordem ao sacerdócio, que neste ano civil de 2020, já foram ordenados para o serviço diocesano” para afirmar os “números excecionais que atestam que Deus continua a colocar no coração dos seus amigos a semente da vocação ao ministério ordenado e que muitos, generosos e desprendidos, respondem positivamente ao seu convite para com Ele colaborarem no mistério da salvação”.
Depois, o prelado lembrou que “ninguém se ordena para seu beneficio pessoal ou mesmo para facilidade da sua salvação” e que “o ministério ordenado é sempre uma carícia que Deus faz ao seu povo para o servir, para o guiar, para transformar em canto festivo o cansaço que, por vezes, se experimenta na longa caminhada pelas vias estreitas da salvação”.
“Uma carícia que se faz mediante homens oficialmente mandatados pelo Sacramento da Ordem. Para o compreendermos, consideremos um certo paralelismo entre este serviço ministerial e a Imaculada Conceição da Virgem Santa Maria, em cuja Solenidade sois ordenados”, acrescentou D. Manuel Linda.
Nas palavras do Bispo, “a Imaculada Conceição coloca-se como metáfora e modelo desta humanidade que se deixa cativar pelo seu Senhor” e “por isso, ela é imagem da Igreja por meio da qual a salvação chega aos confins da humanidade”.
D. Manuel terminou a sua homilia com uma exortação aos Diáconos: “Sede Diáconos Permanentes no seio do mundo e não sacerdotes do adro ou da sacristia. Dai testemunho de uma sã autonomia das realidades terrenas ou até de uma justa laicidade e não cultiveis a imagem do ‘quase padre’. É que a Igreja vos confia um ministério de chegar onde nós, os outros Ministros Ordenados, não conseguimos chegar”.