O presidente da Confederação das Instituições Particulares de Solidariedade Social (CNIS), padre Lino Maia, defende que seria "desejável que até ao dia 6 de Março estivesse concluído o processo de vacinação nos lares de idosos”.
Em declarações à Renascença, Lino Maia lembra que foi precisamente a 6 de março deste ano que foram proibidas as visitas aos lares, pelo que se tratar de “uma data simbólica” e de um objetivo possível de cumprir.
Até agora, tanto a CNIS como a Associação de Apoio Domiciliário de Lares e Casas de Repouso de Idosos (ALI) ainda não receberam uma indicação precisa sobre a data de arranque da vacinação.
O presidente da ALI, João Ferreira de Almeida, diz que os lares apenas foram chamados a responder a pedidos de informação sobre os seus utentes e funcionários. "Oficialmente, não tenho indicação nenhuma”, assegura.
"Há cerca de duas semanas”, os associados foram contactados pelos centros distritais da segurança social e da saúde “a pedir para enviarmos informação com os dados dos utentes e dos funcionários, para depois poderem organizar a vinda aos lares para administrarem a vacina”.
Nos lares tutelados pela CNIS, independentemente do dia de arranque do processo, Lino Maia garante que “tudo está preparadíssimo”.
“Aliás, há alguma ansiedade nos dirigentes, nos utentes, nos trabalhadores porque de facto a vacina é uma espécie de luz ao fundo de um túnel muito grande. Há de facto grandes espectativas”, acrescenta.
Entre utentes e funcionários dos lares associados da ALI, a grande maioria quer a vacina. João Ferreira de Almeida diz que, pelas informações que vão chegando, “quer os idosos, quer os seus familiares, quer os funcionários estão recetivos à vacinação”.
"Existem apenas situações muito pontuais de recusa da vacina”, aponta.
Nos lares da CNIS e da União das Misericórdias, até agora ninguém apresentou resistência à vacinação. “Todos se apresentam com grande vontade de que seja rapidamente e em força e não tenho conhecimento de qualquer resistência, nem de utentes, nem de trabalhadores nem de dirigentes", diz o padre Lino Maia
"Vê-se na vacina uma espécie de guarda de defesa e, por isso, há uma grande vontade de que seja já. Todos estão com vontade de que arranque rapidamente e em força”, remata.