“Não é possível tapar o sol com a peneira”. O Sindicato Independente dos Médicos (SIM) reage à notícia da falta de médicos nas urgências de obstetrícia na Grande Lisboa.
As grávidas estão a ser encaminhadas para o Hospital de Loures. Em causa está a falta de especialistas nos hospitais de Santa Maria, São Francisco Xavier e Maternidade Alfredo da Costa.
O “Público” relata o caso de uma grávida que não pôde ser transferida do Amadora-Sintra por falta de anestesistas.
“Não queremos criar qualquer tipo de alarmismo, mas a verdade aquilo que acontece hoje não se vai esgotar no verão”, alerta este responsável, lembrando que a “rotatividade não resolve, porque havendo menos locais para nascerem as crianças, estando as equipas depauperadas …é impossível”.
O dirigente do SIM acusa os conselhos de administração de obrigar os médicos a trabalhar em condições que põem em perigo a segurança dos utentes. Roque da Cunha admite pedir a instauração de processos disciplinares.
Numa entrevista recente à Renascença, o presidente da ARS Lisboa e Vale do Tejo, Luís Pisco, garantiu que as urgências de obstetrícia da Grande Lisboa não iriam funcionar em sistema rotativo durante o verão.
Pouco depois, a ministra da Saúde assegurou também que não seria por falta de recursos humanos que as escalas das maternidades do país não seriam garantidas.