Karl-Heinz Rummenigge, diretor-executivo do Bayern de Munique, explica que o clube bávaro não esteve envolvido nos planos da criação da Superliga Europeia anunciada na noite de domingo, e garante que a mesma não vai resolver os problemas financeiros causados nos clubes pela pandemia da Covid-19.
"Não estivemos envolvidos nos planos de criação de uma Superliga. Estamos convencidos que a atual estrutura de futebol garante uma fundação segura. A Superliga nao vai resolver os problemas financeiros que surgiram por causa da pandemia. Em vez disso, os clubes deveriam trabalhar de forma solidária para assegurar que os custos estão de acordo com as receitas, como os salários e as comissões dos agentes, para que o futebol seja mais racional", pode ler-se.
Numa nota publicada no site do emblema bávaro, o Bayern de Munique, campeão europeu em título e um dos principais ausentes da Superliga, saúda as alterações hoje reveladas ao formato da Liga dos Campeões.
"O Bayern saúda a reforma da Liga dos Campeões, porque acreditamos que é o passo certo para o desenvolvimento do futebol europeu. A fase de grupos alterada vai contribuir para um aumente do entusiasmo no jogo", termina.
24 horas de caos no futebol europeu
A criação de uma Superliga Europeia de futebol foi anunciada no domingo por 12 dos principais clubes de Espanha, Inglaterra e Itália, que pretendem desenvolver uma competição de elite, concorrente da Liga dos Campeões, em oposição à UEFA.
“Doze dos clubes europeus mais importantes anunciam a conclusão de um acordo para a criação de uma nova competição, a Superliga, que será regida pelos seus fundadores”, informam os promotores da iniciativa, em comunicado.
AC Milan, Arsenal, Atlético de Madrid, Chelsea, FC Barcelona, Inter de Milão, Juventus, Liverpool, Manchester City, Manchester United, Real Madrid e Tottenham “uniram-se na qualidade de clubes fundadores” da Superliga, indica o comunicado.
O FC Porto recebeu contactos informais para integrar a Superliga Europeia, mas Pinto da Costa esclarece que rejeita o convite, por considerar que a nova competição viola as normas da UEFA e da União Europeia.
"Tivemos contactos informais, mas não demos grande atenção. Em primeiro lugar, porque a União Europeia não permite que haja provas em circuito fechado como há nos Estados Unidos, por exemplo. Em segundo lugar, estando a nossa Federação contra isso e fazendo ela parte da UEFA, nós, enquadrados nesse quadro, não podemos estar a participar numa coisa que é contra os princípios e regras da UE e da UEFA", explica o presidente do FC Porto.
Benfica e Sporting também já se mostraram contra a criação da competição.