Governo garante que anunciará novo hospital do Oeste em 2023
03-10-2022 - 16:00

Nas Caldas da Rainha, ministro da Saúde visitou a urgência obstétrica. Pizarro não negou que o edifício está obsoleto e que haja problemas, mas mostrou-se satisfeito com o que viu.

O ministro da Saúde, Manuel Pizarro, garantiu esta segunda-feira que, no primeiro semestre do próximo ano, anunciará um novo hospital para o Oeste.

Depois de uma reunião com a administração da unidade hospitalar das Caldas da Rainha e de uma visita à urgência, Pizarro afirmou que "foi decidido, no anterior mandato, e parece-me muito bem, contactar uma instituição credível, neste caso a Universidade Nova de Lisboa, para proceder a um estudo sobre a melhor localização e o perfil que essa unidade deve ter".

Esse estudo, revelou o governante, "está praticamente completo e, a seguir ao estudo, tomaremos uma decisão".

"No primeiro semestre do próximo ano, anunciarei um calendário para a construção do novo Hospital do Oeste", garantiu.

"Terá de haver um diálogo com as forças locais, desde logo as autarquias locais", acrescentou o ministro, afirmando desconhecer o local identificado no estudo para a construção do novo hospital.

Ministro diz que urgência obstétrica "funciona bem"

Sobre a urgência obstétrica das Caldas, Manuel Pizarro não negou que o edifício esteja obsoleto e que haja problemas, mas mostrou-se satisfeito com o que viu.

"Apesar de tudo", defendeu o ministro, os serviços "estão a funcionar em pleno, com uma grande dedicação dos seus profissionais", pelo que o governante quis "transmitir uma imagem de tranquilidade".


Reconhecendo que essa tranquilidade "não diminui a gravidade dos problemas que possam ter ocorrido", o ministro reiterou que se trata de uma maternidade "que funciona bem, com profissionais muito competentes, com um enorme carinho pelas mães, pelos filhos e famílias" pelo que "merece a confiança da população da zona".

Estatuto do SNS dá autonomia de contratação

Quanto aos profissionais de saúde, Manuel Pizarro reconheceu que "nunca são suficientes, e têm de se multiplicar para garantir que todos os turnos são cumpridos de acordo com os padrões de qualidade que são necessários". Por isso, temos de formar mais profissionais e, por outro lado, "atrair mais profissionais a regressarem ou manterem-se no Serviço Nacional de Saúde".

Para o ministro, o facto de "haver uma ou outra falha pontual não significa que esteja em causa a qualidade do serviço".

O governante lembrou que "o novo estatuto do SNS já prevê uma larga margem de autonomia para as instituições de saúde contratarem profissionais".

Melhorar a comunicação entre instituições

Sobre os recentes casos de doentes que foram reencaminhados para unidades hospitalares já sobrelotadas, Manuel Pizarro defendeu a necessidade de "melhorarmos a capacidade de falarmos uns com os outros".

É preciso "garantir que os recursos que temos são usados de forma mais eficaz possível", acrescentou o ministro.