Há menos comboios a circular devido à greve dos trabalhadores da CP, que decorre até ao meio-dia. É a segunda paralisação este mês para protestar contra a possibilidade de os comboios poderem circular só com o maquinista.
O protesto continua a provocar atrasos e supressões de comboios em todos os serviços, à exceção dos urbanos do Porto.
Há nova greve convocada para os próximos dias 23 e 24 para os trabalhadores a Norte de Coimbra.
O presidente do Sindicato Ferroviário da Revisão e Comercial Itinerante (SFRCI), Luís Bravo tinha previsto na segunda-feira em declarações à Lusa a adesão total dos trabalhadores que não cumpram os serviços mínimos e que as "bilheteiras vão estar completamente fechadas". "No fundo vai haver comboios, mas não vai haver cobrança", resumiu.
"Em termos de circulação vai haver bastante, uma vez que o tribunal arbitral decretou serviços máximos na sua decisão, que é incompreensível e que faz lembrar os tempos anteriores ao 25 de Abril (de 1974), em que não se podia fazer greve, porque como foram distribuídos os serviços mínimos, equivale praticamente a que os trabalhadores sejam impedidos de fazer greve", argumentou.
A arbitragem obrigatória do Conselho Económico e Social decretou que "serão realizados 25% do total dos comboios habitualmente programados para os períodos de greve, tomando em consideração que no dia 13 de junho, nas linhas e Sintra, Azambuja e Cascais a programação corresponde a dia feriado".
Para explicar os motivos da greve, Luís Bravo lembrou que os trabalhadores têm uma ata do Governo de dezembro a incluir dois agentes no regulamento.
"O Governo não cumpriu o acordo e o senhor secretário de Estado se, aquilo que subscreve não vale nada, acho que devia considerar pôr o seu lugar à disposição", defendeu.