O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, afirma estar atento ao futuro do banco BPI, por causa de falta de acordo entre os accionistas CaixaBank e Santoro Finance, e quer que haja estabilidade no sistema financeiro.
Falando aos jornalistas em Coimbra, onde preside hoje na Associação Académica de Coimbra às comemorações da crise estudantil de 1969, Marcelo Rebelo de Sousa disse que o acordo encontra-se "questionado".
"Do mesmo modo que tudo fez para que se criassem condições para um acordo firme e rápido, da mesma maneira está atento a prosseguir o interesse nacional", disse Marcelo Rebelo de Sousa.
O BPI anunciou no domingo que as negociações entre os catalães do CaixaBank e a Santoro Finance, da empresária angolana Isabel dos Santos, foram concluídas com sucesso, permitindo resolver a "situação de incumprimento pelo banco BPI do limite de grandes riscos".
Este domingo, uma semana depois, a administração do BPI, liderada por Fernando Ulrich, anunciou que ficou sem efeito o acordo para resolver o problema da elevada exposição do banco português a Angola.
"Há uma semana foi comunicado que havia acordo e todos rejubilámos com isso, um acordo que era a conjugação de muitas vontades", recordou o chefe de Estado.
No entender de Marcelo Rebelo de Sousa, "o que importa é que seja realizado o interesse nacional, o que significa que a estabilidade do sistema financeiro, prestígio do sistema financeiro e o seu relacionamento com as instituições europeia sejam permanentemente garantidos".