A Deco denuncia que, na véspera da greve dos seus tripulantes, a companhia aérea Ryanair continua a vender bilhetes.
“A transportadora, já após o pré-aviso de greve, continuou a vender bilhetes no seu website. Esta situação, obviamente, muda aqui os contornos, porque, nesta situação, era evidente que a transportadora já teria conhecimento, com enorme probabilidade que não poderia operar estes voos. Portanto, omitiu aqui uma informação que era essencial”, diz Rosário Teresa, da associação de defesa do consumidor.
Entrevistada no programa Carla Rocha – Manhã da Renascença, Rosário Tereso garante que a empresa terá de ser obrigada a pagar uma indemnização aos passageiros que forem lesados.
“Parece-nos evidente que será legítimo o pagamento de uma indemnização aos passageiros, até porque a transportadora assumiu o risco ao manter os voos à venda, no sentido de deixar que as circunstâncias fossem decorrendo e só vir a cancelar os voos mais tarde”, acrescenta.
A paralisação dos trabalhadores da companhia aérea tem sido faseada em vários países da Europa. Depois da Irlanda, agora é a vez de Portugal, Espanha e Bélgica serem afetados pela paralisação agendada para 25 e 26 de julho.
Na segunda-feira a empresa ameaçou com a redução da frota e das rotas nestes países, o que levará a despedimentos, se as greves continuarem.
Toda o programa de inverno será revisto, acrescenta a transportadora, que prevê mais greves ao longo do verão como as desta semana.