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O Ministério do Ensino Superior diz estar consciente das dificuldades em matéria de alojamento dos alunos universitários.
À Renascença, o secretário de Estado do Ensino Superior, Pedro Nuno Teixeira, admite uma reavaliação das ajudas de custo dos bolseiros para habitação.
"Para os estudantes bolseiros que não conseguem ter lugar nas residências, onde têm acesso prioritário, nós pagamos um complemento de alojamento, que já foi aumentado três vezes no último ano, cerca de 17% a 18%", acrescenta.
"Estamos a acompanhar e a monitorizar esses valores. Temos consciência de que nalgumas regiões do país o preço médio dos quartos é bastante elevado e estamos a avaliar fazer um aumento extraordinário, se for necessário", sublinha o secretário de Estado.
Pedro Nuno Teixeira explica que o Governo anunciou mais cedo a lista de beneficiários do abono de família, até ao terceiro escalão, para evitar que alguns estudantes não se inscrevessem por não saberem se tinham bolsa ou não.
As bolsas vão ser pagas no final do mês de setembro. A bolsa mínima é de cerca de 872 euros e a máxima de 5.982 euros.
O secretário de Estado do Ensino Superior diz, também, que o próximo ano vai contar com mais mil e 100 camas para estudantes.
"Significa a construção de 12 mil novas camas e reabilitação de seis mil novas camas. O prazo que nós temos é até junho de 2026", aponta.
O preço médio de um quarto para estudantes ultrapassa os 400 euros em Lisboa e Porto e a oferta privada disponível chega para menos de 10% dos jovens agora colocados nas universidades e politécnicos daquelas cidades. Os dados são do Observatório do Alojamento Estudantil, que identifica diariamente a oferta privada de alojamento para estudantes e as rendas praticadas a nível nacional.