As autoridades do Sri Lanka indicam que os responsáveis pelos ataques de domingo de Páscoa estarão a preparar novos ataques, recorrendo, desta vez, a bombistas disfarçados com uniformes militares.
"Pode haver uma nova vaga de atentados" lê-se numa carta assinada por um responsável das autoridades policiais do país, a que a agência Reuters teve acesso.
No domingo de Páscoa, 21 de abril, uma série de explosões atingiram várias igrejas e hotéis. Mais de 250 pessoas morreram, entre as quais cerca de 40 estrangeiros. Há registo de um português com cerca de 30 anos entre as vitimas mortais. A mulher do português morto já voltou, entretanto, a Portugal.
As forças de segurança do Sri Lanka mataram ou detiveram a maioria dos islamitas radicais ligados aos atentados suicidas da Páscoa, anunciou, no domingo, o primeiro-ministro, Ranil Wickremesinghe, afirmando que o país está pronto para "voltar à normalidade".
Ainda na sequência dos atentados de domingo de Páscoa, entra esta segunda-feira em vigor no Sri Lanka uma decisão da Presidência que passa a proibir o uso de roupa que tape o rosto. Usar este tipo de vestuário passa a ser considerado como uma ameaça nacional e pública.
A proibição estende-se
às burcas e aos niqab, peças de vestuário usadas pelas mulheres muçulmanas.
Os atentados do Sri Lanka já foram reivindicados pelo Estado Islâmico.
No plano econnómico, a companhia aérea do Sri Lanka registou um aumento de 10% do cancelamento de voos para o pais. O responsável pela empresa admite que a tendência vai agravar-se nos próximos meses, estimando que as chegadas ao aeroporto da capital possa apresentar uma quebra na ordem dos 30%.