António Costa faz esta segunda-feira a sua nona e última mensagem de Natal como primeiro-ministro, um mês e meio após a sua demissão, em 07 de novembro.
Há um ano, então à frente de um Governo com maioria absoluta, na sequência da vitória do PS nas legislativas, António Costa disse que havia razões para os portugueses terem confiança, apesar do cenário de incerteza internacional, numa referência à guerra na Ucrânia.
E salientou que a trajetória de redução do défice e da dívida colocava Portugal "ao abrigo das turbulências do passado", o que valeu uma crítica dos partidos da oposição ao autoelogio em tempos de inflação elevada.
No dia 07 de novembro, pela primeira vez na história da democracia portuguesa, houve buscas na residência oficial do primeiro-ministro - na sala de trabalho do seu então chefe de gabinete Vítor Escária - no âmbito de uma investigação judicial sobre a instalação de um centro de dados em Sines e negócios de lítio e hidrogénio.
Horas depois, um comunicado da Procuradoria-Geral da República informou, no último parágrafo, que o primeiro-ministro era alvo de um inquérito no Supremo Tribunal de Justiça a partir dessa investigação.
António Costa pediu a demissão, o Presidente da República aceitou e dois dias depois foram marcadas eleições antecipadas para 10 de março.