A Comissão Europeia (CE) abre portas à compra de vacinas para a Covid-19 pelos Estados-membros da União Europeia (UE). Até ao momento, os estados da UE tinham acordado em não entrar em negociações paralelas com os mesmos laboratórios que estão em negociações com a CE.
“Não exclui a possibilidade de negociar com outras empresas de vacinas através do sistema COVAX”, sublinhou um porta-voz da Comissão Europeia. Desse modo, os estados-membros podem adquirir vacinas, através do mecanismo COVAX, co-liderado pela OMS,
Para além da lista de laboratórios que a UE negociou, agora os estados-membros podem também negociar com farmacêuticas como a empresa Americana Merck, Inovio e Novavax. Todas se encontram a falar com o mecanismo da OMS, mas, até ao momento, não se encontram em negociações com Bruxelas.
Esta medida representa uma mudança nas políticas da CE. Em julho deste ano, o executivo da comissão tinha aconselhado os 2 estados-membros a não comprar vacinas através do programa OMS, alertando que o esquema era lento e caro. Para além disso, era legalmente incompatível com o programa de compras da UE.
A mudança surgiu depois da OMS, em agosto, ter suavizados os termos para os países ricos aderirem ao esquema, que pretende garantir dois milhares de milhões de vacinas para os 20% mais vulneráveis - até ao fim de 2021.
Através desta alteração, a CE poderá reduzir o número limite de doses inicialmente disponíveis para os países menos desenvolvidos, visto que coloca como prioridade os 450 milhões de cidades da UE.
Até ao momento, Bruxelas já realizou negociações com cinco laboratórios: AstraZenenca, Johnson&Johnson, Sanofi-CSK, Moderna e CureVac. A UE adiantou, à Reuters, que está em contacto com a Pfizer e a BionTech para a vacina que estão a desenvolver juntos.