A Polícia Judiciária (PJ) deteve um homem “fortemente indiciado” por ter ateado um incêndio na tarde de segunda-feira num prédio devoluto na freguesia do Bonfim, no Porto, anunciou esta terça-feira aquela força policial.
Em comunicado, a PJ indica que o detido, de 54 anos, terá ao início da tarde de segunda-feira “provocado a ignição num colchão, com recurso a um isqueiro, após um episódio de discussão com outro residente, relacionado com supostas dívidas e permanência de cães no interior da habitação, que ambos ocupavam ilegalmente”.
A detenção ocorreu fora de flagrante delito numa residência integrante daquele prédio devoluto localizado na Rua Pinto Bessa, no Bonfim.
Na sua nota, a PJ descreve que, como resultado do incêndio, o interior da residência ficou seriamente destruído, bem como o próprio edifício.
“E não fora a pronta intervenção dos Batalhão de Sapadores Bombeiros, poderia ter provocado a destruição completa do mesmo, bem como das restantes habitações e prédios habitacionais confinantes”, lê-se no comunicado.
O detido vai ser presente a primeiro interrogatório judicial para aplicação das medidas de coação tidas por adequadas.
O incêndio que deflagrou ao início da tarde de segunda-feira naquela casa devoluta na zona do Bonfim obrigou à evacuação de um edifício contíguo e causou dois feridos ligeiros, indicou o comandante dos Bombeiros Sapadores do Porto.
O comandante dos Bombeiros Sapadores do Porto, Carlos Saraiva Marques, disse aos jornalistas que duas pessoas foram assistidas no local por inalação de fumo, sendo que “uma delas usava a habitação que ardeu e outra é moradora do prédio vizinho”.
“Mas o fogo não se propagou aos prédios ao lado. A nossa maior preocupação foi exatamente essa, evitar que o fogo alastrasse. À partida não terão de ser realojadas e poderão voltar esta a casa esta noite porque os apartamentos não foram afetados”, disse o comandante.
Quanto ao prédio devoluto que ardeu, o rés-do-chão ficou “quase intacto”, referiu Carlos Saraiva Marques, enquanto “a varanda, o piso superior e a cobertura ficaram destruídos”.
A PJ esteve no local a investigar as causas do incêndio.