O Papa Francisco disse, este sábado, que a sua visita à ilha grega de Lesbos é "um pouco diferente das outras" porque "é marcada pela tristeza”.
“Esta é uma viagem um pouco diferente das outras, é marcada pela tristeza”, confessou Francisco aos jornalistas que o acompanharam desde Roma, no voo que aterrou em Mitilene, capital de Lesbos, pouco depois das 10h00 locais (08h00 em Portugal).
Francisco, que realiza a sua 13.ª visita ao estrangeiro, falou de uma “viagem triste”, por causa da situação de milhares de pessoas que atravessam o mar, tentando chegar à Europa.
“Vamos encontrar uma catástrofe humana, a maior desde a II Guerra Mundial”, acrescentou, afirmando ainda que a viagem visa denunciar a “tragédia humana” dos refugiados, que considera a mais grave desde a II Guerra Mundial.
O Papa, que em Julho de 2013 esteve na ilha italiana de Lampedusa, falou de um “cemitério no mar”, onde muitas pessoas se afogaram. “Vamos ver tanta gente que sofre, que é obrigada a fugir e não sabe para onde ir”, referiu.
O Papa foi acolhido em Lesbos pelo arcebispo ortodoxo de Atenas, Jerónimo II, pelo patriarca ecuménico de Constantinopla (Igreja Ortodoxa), Bartolomeu, e pelo primeiro-ministro da Grécia, Alexis Tsipras.
Após a cerimónia oficial de boas-vindas, Francisco e Tsipras encontraram-se em privado, tendo o chefe do governo helénico sublinhado o “peso” que a crise dos refugiados tem representado para o país.