O secretário-geral da NATO, Jens Stoltenberg, avisou esta quinta-feira que o Presidente da Rússia, Vladimir Putin, "não renunciou aos objetivos bélicos" e alertou para a falta de munições que a Ucrânia enfrenta.
"A situação no campo de batalha continua muito difícil. A Ucrânia está a ficar sem munições, pelo que, necessita de mais apoio e tem de ser agora", sublinhou Stoltenberg durante uma conferência de imprensa após uma reunião com o primeiro-ministro da Eslovénia, Robert Golob, em Bruxelas.
O secretário-geral da NATO disse ainda que durante a cimeira da organização que vai decorrer em julho em Washington, os países membros vão adotar "novas medidas" para reforçar os planos de defesa da Aliança Atlântica, assim como para fortalecer o apoio da Ucrânia".
"Compreendo que é difícil encontrar mais fundos para a defesa porque há muitas outras exigências no setor da educação, infraestruturas e saúde (...) mas temos de ser capazes de aumentar os gastos na defesa quando as tensões se agravam", acrescentou.
Golob, que se reuniu com Stoltenberg no quadro da data que marca os vinte anos da adesão da Eslovénia à NATO, disse que é "fundamental" uma posição unida da aliança em relação à Ucrânia manifestando vontade de que se verifique "o reforço" (dos meios de defesa) na cimeira de Washington.
"Acreditamos que a cimeira de Washington pode ser um grande êxito mas a exigência principal é a unidade" (entre os membros da organização), disse referindo-se à Ucrânia e a Gaza mas também às tensões nos Balcãs.
O líder esloveno disse ainda a Stoltenberg que a NATO deve "pressionar" Israel e o grupo Hamas para que "parem os combates" no sentido de um cessar-fogo.
"O sul global não está a encarar de forma favorável os nossos esforços em relação a Gaza e se não conseguirmos evitar as atrocidades no terreno vamos perder argumentos", lamentou Golob em conferência de imprensa conjunta.
Sobre os Balcãs, Stoltenberg disse que a NATO apoia "firmemente" a integridade territorial e a soberania da Bósnia Herzegovina urgindo os líderes políticos a trabalhar no sentido da unidade.
"A retórica separatista é irresponsável e perigosa", disse Jens Stoltenberg.