A Polónia vai enviar aviões militares para transportar os seus cidadãos retidos em Israel, na sequência da guerra com o grupo islâmico Hamas, foi anunciado este domingo.
"O exército polaco está a preparar-se para retirar os polacos de Israel. Vão ser enviados aviões de transporte Hércules C-130 para resgatar os nossos compatriotas", declarou o ministro da Defesa polaco, Mariusz Blaszczak, no X (antigo Twitter).
Também no X, o Presidente polaco, Andrzej Duda, confirmou que "estão a ser preparados aviões de transporte da Força Aérea para proceder à retirada dos polacos que estão atualmente em Israel".
"Os soldados das nossas forças especiais garantirão a proteção da carga e a segurança a bordo", acrescentou, estimando que serão "algumas centenas" os cidadãos a resgatar.
"Infelizmente, há vários grupos de polacos, e não são poucos, em Israel. Na Cisjordânia também. São várias centenas", disse Andrzej Duda em declarações à televisão privada Polsat News.
No sábado, as companhias aéreas que efetuam ligações entre a Polónia e Israel suspenderam os seus voos.
O grupo islâmico Hamas lançou no sábado um ataque surpresa contra o território israelita, numa operação com o nome "Tempestade al-Aqsa", com o lançamento de milhares de foguetes e a incursão de milicianos armados por terra, mar e ar.
Várias centenas morreram em Israel na sequência do ataque do movimento islâmico Hamas, enquanto pelo menos 313 pessoas palestinianas foram mortas no âmbito da forte contraofensiva aérea do Estado judeu sobre Gaza.
O primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, declarou que Israel está "em guerra" com o Hamas no sábado.
Ativado oficialmente estado de guerra em Israel
O Conselho de Segurança israelita, liderado pelo primeiro-ministro Benjamin Netanyahu, ativou oficialmente o estado de guerra no país, que permite ao Exército realizar "atividades militares significativas" no âmbito da guerra com o Hamas, informaram meios de comunicação social.
Apesar de Netanyahu já ter declarado que o país estava em guerra, assim que começou a ofensiva do Hamas, esta decisão oficial é necessária, segundo a Lei Básica de Israel.
A decisão foi finalmente adotada numa reunião entre o primeiro-ministro e os líderes da segurança israelita, composta, entre outros, pelo ministro da Defesa, Yoav Gallant, e pelo Chefe do Estado-Maior General, General Herzi Halevi.
Netanyahu já tinha alertado no sábado que Israel embarcou "numa guerra longa e difícil" e que continuará "sem trégua até que os objetivos sejam alcançados".
"Entrámos numa guerra longa e difícil. A guerra foi-nos imposta por um ataque assassino do Hamas", começou por escrever, numa publicação na sua conta na rede social X, antigo Twitter.
O dirigente israelita explicou que "a primeira fase terminará em horas, destruindo a maior parte das forças inimigas que penetraram" no território de Israel.
"Ao mesmo tempo, iniciamos a formação ofensiva e esta continuará sem reservas e sem tréguas até atingirmos os objetivos. Restauraremos a segurança aos cidadãos de Israel e venceremos", concluiu.