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O Infarmed proíbe a distribuição de testes à Covid-19 fabricados em Portugal e que já foram distribuídos e usados no rastreio da doença em lares e creches. No entanto, a ministra da Saúde, Marta Temido, garante que não está em causa a fiabilidade dos resultados dos testes.
A notícia é avançada pelo jornal online "Observador". Segundo o jornal, já foram entregues 48 mil kits destes testes ao novo coronavírus. Em resposta à Renascença, a ministra da Saúde garante que não está em causa a fiabilidade dos testes, no que diz respeito aos resultados produzidos.
Já antes deste esclarecimento da ministra, contactada pela Renascença, a autoridade do medicamento diz que as zaragatoas fabricadas pelo consórcio entre Algarve Biomedical Center (ABC), da Universidade do Algarve, e a Hidrofer, o Instituto Técnico e a Logo Paste foram distribuídos antes de receberem o parecer obrigatório do Infarmed.
Marta Temido considera que "é o normal funcionamento das entidades reguladoras" alertarem para, quando necessário, um determinado produto não está "em condições de ser comercializado".
A governante recordou que o mercado passou por dificuldades de abastecimento,o que deu rigem a que “os operadores procurassem resolver e colocar no mercado estes produtos”. Em todo o caso, Marta Temido distinguiu entre a certificação da sua qualidade e a respectiva introdução no mercado.
“Os testes analíticos cumprem a metodologia aprovada pelo Instituto Nacional de Saúde Ricardo Jorge e temos de distinguir o que são critérios de realização de testagem do que são critérios de introdução no mercado”, assegurou.
Ainda segundo o jornal, os especialistas da autoridade do medicamento ficaram com dúvidas quanto às provas de “segurança e desempenho” dos testes, apesar de o ABC garantir que são eficazes e fiáveis, segundo os testes a que foram submetidos. Por isso, o Infarmed recusou dar um parecer positivo e ordenou que, até essas questões serem respondidas, para novo parecer, os kits não sejam distribuídos.
Cerca de 27 mil funcionários de creches foram testados até ao dia 18 de maio, data da reabertura. Pouco mais de 50 testaram positivo, segundo dados do Ministério do Trabalho enviados à Renascença.
Por outro lado, a Renascença soube que as seis creches da Fundação D. Pedro IV, em Lisboa, estão fechadas, depois de testes aos funcionários terem dado resultados contraditórios, no espaço de dois dias.