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O Excedente da Segurança Social caiu 65,2%, para quase 635 milhões de euros até maio, face ao mesmo mês de 2019.
A queda reflete, assim, o aumento da despesa resultante das medidas adotadas no âmbito da Covid-19.
É o que resulta de um comunicado emitido na noite de sexta-feira pelo Ministério do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social, onde se sublinha que, todavia, o "saldo do subsetor da Segurança Social se mantém positivo".
Caíram as receitas e aumentaram as despesas, na sequência dos efeitos da pandemia. Os números não surpreendem Silva Peneda.
O antigo presidente do Conselho Económico e Social, que também já foi ministro do Emprego e Segurança Social, disse esta noite à Renascença que não é caso para criar dramatismo porque a Segurança Social existe para isto mesmo.
“Não me surpreende. É o resultado de uma crise em que o primeiro setor a sofrer as consequências é a parte da Segurança Social. Tem menos receitas, há mais gente no desemprego e tem muito mais despesas.”
“Esperamos que seja compensada quando a economia voltar a reativar e o equilíbrio voltar a estabelecer-se. Temos de olhar para estes números com esta noção de que a Segurança Social existe para isto, e temos o fundo de distribuição financeira da Segurança Social, que tem muitos milhões ainda, portanto não é um caso para criar dramatismo”, conclui.