O Papa Francisco “chama” a ONU à responsabilidade de ajudar a resolver a crise da Coreia do Norte.
Na viagem de regresso ao Vaticano, após a visita ao Egipto, o Papa volta a pedir “uma solução diplomática” e diz que “é tempo de a ONU retomar a sua liderança porque não tem estado à altura”.
“O caminho é a negociação e a solução diplomática”, realçou.
“Esta guerra mundial em pedaços, de que tenho vindo a falar há mais de dois anos, tem vindo a alargar-se e tem-se concentrado em questões que já eram quentes. Há um ano e meio que se sabe dos mísseis da Coreia do Norte, mas agora as coisas aqueceram”, alertou ainda.
O Papa considera que “uma guerra alargada destruirá, não digo a metade, mas grande parte da humanidade e da sua cultura. Seria terrível. Paremos”, pediu.
Ainda no avião papal, onde seguia a jornalista da Renascença Aura Miguel, o Papa falou de França e dos populismos que têm alastrado na Europa, lembrando que “cada país é livre de fazer as suas escolhas".
"Não posso julgar as escolhas que se fazem e porque se fazem”, mas “a Europa corre o risco de se desagregar e temos de meditar sobre isso. Há um problema que assusta a Europa que é a imigração. Mas não esqueçamos que a Europa também foi feita de muitos imigrantes", sublinhou.
Sobre a situação política e social na Venezuela, onde uma tentativa de mediação da Santa Sé se revelou infrutífera, Francisco afirmou tratar-se de um país que "ama muito" e renovou a disponibilidade do Vaticano para voltar a mediar o conflito, ainda que mediante “condições muito claras”.
A próxima visita do Papa é a Fátima, a 12 e 13 de Maio.