O chefe da diplomacia dos Estados Unidos, Antony Blinken, prometeu esta terça-feira a continuação do apoio dos Estados Unidos à Ucrânia, após uma reunião em Davos com o Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky.
A reunião surgiu da necessidade de Washington dar garantias a Kiev face ao impasse das negociações no Congresso norte-americano para a aprovação de um pacote de ajuda.
"Estamos determinados a manter o nosso apoio à Ucrânia e estamos a trabalhar em estreita colaboração com o Congresso. Sei que os nossos colegas europeus estarão a fazer o mesmo", afirmou Blinken durante uma reunião com Zelensky, à margem do Fórum Económico Mundial, em Davos (Suíça).
O conselheiro de segurança nacional da Casa Branca, Jake Sullivan, que também estava presente, garantiu ao Presidente ucraniano que os Estados Unidos e aliados estão determinados em "garantir que a Rússia falhe e a Ucrânia ganhe".
Zelensky agradeceu à administração Biden e ao "apoio bipartidário" do Congresso dos EUA.
"Estamos realmente a contar com o vosso apoio, com a continuação do vosso enorme apoio", afirmou.
O Presidente ucraniano referiu-se em particular ao sistema de defesa anti-aéreo norte-americano 'Patriot', que tem ajudado a Ucrânia na defesa contra os ataques de mísseis russos.
Desde a invasão russa da Ucrânia, em fevereiro de 2022, os Estados Unidos já enviaram cerca de 44.000 milhões de dólares (40.400 milhões de euros) em ajuda militar à Ucrânia, além de vários milhares de milhões em assistência e apoio económico.
A administração Biden divulgou o seu último pacote de ajuda no final de dezembro, mas os republicanos estão a condicionar o apoio a um novo pacote a um endurecimento drástico da política de migração dos Estados Unidos.
Alguns deles, nomeadamente o antigo Presidente Donald Trump, um dos favoritos no seu campo para a campanha presidencial, estão céticos em relação a esta ajuda e às hipóteses de uma vitória ucraniana.
A administração Biden está a pedir ao Congresso que aprove um total de 61.000 milhões de dólares (56.010 milhões de euros) em ajuda à Ucrânia, mas também a Israel e a Taiwan, causas que são mais populares entre os republicanos.