O Dia Mundial da Liberdade de Imprensa, proclamado pela ONU em 1993, é assinalado, esta terça-feira, sob o lema "Jornalismo na Era Digital", para se refletir sobre o impacto do digital na liberdade de expressão, segurança dos jornalistas, acesso à informação e privacidade.
Para discutir este desafio e outros, a Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (UNESCO), em parceria com o Governo do Uruguai, promove até quinta-feira uma conferência mundial.
Ainda dentro da ONU, mas em Genebra (Suíça), está prevista uma sessão especial com a participação da Alta-Comissária da ONU para os Direitos Humanos, Michelle Bachelet, e dos laureados com o Nobel da Paz 2021, a jornalista filipina Maria Ressa e o jornalista russo Dmitry Muratov.
Num momento em que se trava uma guerra na Europa, o papel da imprensa e dos jornalistas que estão a cobrir o conflito na Ucrânia também está em destaque neste Dia Mundial.
Na segunda-feira, o chefe da diplomacia europeia, Josep Borrell, destacou o papel crucial dos jornalistas que estão a cobrir a guerra na Ucrânia, e acusou a Rússia de tentar "impedir o mundo de ouvir a verdade" ao "deter, sequestrar e visar" repórteres.
Segundo Borrell, que referiu que a segurança dos jornalistas "é uma prioridade da União Europeia", os profissionais da comunicação social "desempenham um papel crucial" para assegurar que graves violações dos direitos humanos e do direito humanitário internacional "não fiquem impunes".
Lembrou ainda que já foram mortos 10 trabalhadores ucranianos e internacionais de meios de comunicação social desde que a Rússia lançou, em 24 de fevereiro, a ofensiva militar na Ucrânia.
O Dia Mundial da Liberdade de Imprensa é celebrado no dia 3 de Maio. A data foi criada em 20 de Dezembro de 1993, com uma decisão da Assembleia Geral das Nações Unidas.