Montenegro não pede "nenhuma maioria". AD "está em marcha de vitória inequívoca"
04-03-2024 - 15:49
 • Manuela Pires , Diogo Camilo

Em Chaves, o líder da Aliança Democrática foi parado por Lázaro, um ex-combatente que o acusou de “não ter experiência governativa” e estar perante um "veterano" Pedro Nuno Santos.

Luís Montenegro recusou esta segunda-feira os pedidos para uma maioria absoluta e afirmou que a Aliança Democrática está numa “marcha vitória inequívoca", apesar da opinião de um cidadão que duvidava da sua experiência para liderar o país.

Em Chaves, no distrito de Vila Real, onde o PSD perdeu dois deputados nas últimas legislativas, Luís Montenegro enfrentou o enfermeiro e ex-combatente Lázaro, que acusou o líder da coligação de “não ter experiência governativa”.

“Pois não, vou ter agora”, respondeu Montenegro, ao homem que respondeu que o líder do PSD está perante um “veterano” Pedro Nuno Santos e que só Paulo Portas se lembrou dos ex-combatentes.

Para estas eleições, Montenegro sente que irá, pelo menos recuperar os três, deputados perdidos há dois anos em Vila Real e Bragança.

“É o objetivo mínimo que temos diante de nós. A julgar pelo que tenho visto na rua, que tenho sentido, está ao nosso alcance. Grão a grão, vamos conquistar todas as condições para ter um Governo estável”, afirma.

No final da arruada em Chaves, Montenegro subiu a um banco, tal como tem feito noutros locais, e agradeceu "o empenho, motivação e energia" dos apoiantes que se juntaram à iniciativa.

"Está de facto em marcha uma mudança política em Portugal, está de facto em marcha uma vitória inequívoca da AD no próximo domingo", disse, avisando, contudo, que "é preciso que o entusiasmo da rua seja transportado para as secções de voto".

Questionado se vai pedir, nesta última semana de campanha, a maioria absoluta, respondeu: "Eu não vou pedir nenhuma maioria, vou pedir votos, lutarei voto a voto para ter o maior número de votos".

Nas declarações aos jornalistas, Montenegro não respondeu diretamente a perguntas sobre posições de outros candidatos, mas reiterou acreditar numa maioria de direita no próximo domingo.

"Não acredito em nenhum tipo de chantagem sobre as pessoas, confio muito na lucidez das pessoas", disse, quando instado a comentar uma posição do líder da IL, Rui Rocha.