O Vaticano está preocupado com as consequências da solidão na terceira idade, num cenário de pandemia do coronavírus. Numa mensagem publicada esta terça-feira, o Dicastério para os Leigos, Família e Vida alerta para a necessidade de acompanhar com particular atenção este grupo etário.
“Não deixemos os idosos sozinhos, porque na solidão o coronavírus mata mais”, lê-se na mensagem que foi publicada em várias línguas, entre as quais, português.
A Santa Sé reconhece que “apesar da complexidade da situação em que vivemos, é necessário esclarecer que salvar a vida de idosos que vivem em estruturas residenciais, ou que estão sozinhos, ou doentes é uma prioridade tanto quanto salvar qualquer outra pessoa”.
“A geração dos nossos idosos, nestes dias – difíceis para todos – está a pagar o preço mais alto pela pandemia. As estatísticas dizem-nos que na Itália mais de 80% das pessoas que perderam a vida tinham mais de 70 anos”. Por isso, “é importante que façamos todo o possível para remediar essa condição de abandono. Isso, nas circunstâncias atuais, pode significar salvar vidas”.
O Dicastério para os Leigos, Família e Vida reconhece que existem várias iniciativas em curso, mas “a gravidade do momento exige que todos façamos mais”, como por exemplo, “rezar por eles, curar a doença da solidão, ativar redes de solidariedade e muito mais”.
A pandemia de covid-19 matou mais de 75 mil pessoas em todo o mundo desde que a doença surgiu em dezembro na China, segundo um balanço da AFP às 09:45, a partir de dados oficiais.
De acordo com a agência de notícias francesa, morreram 75.538 pessoas e há 1.350.759 casos de infeção.
Itália com 16.523 mortes é o país com mais óbitos no mundo, seguida pela Espanha (13.798), Estados Unidos (10.993) e França (8.911).