Chefes das agências da ONU indignados com morte de civis em Gaza pedem cessar-fogo
06-11-2023 - 04:53
 • Lusa

"Durante quase um mês, o mundo assistiu ao desenrolar da situação em Israel e no território palestiniano ocupado com choque e horror perante o número (crescente) de vidas perdidas e devastadas", escreveram os chefes das agências da ONU, numa rara declaração conjunta.

Os chefes das principais agências da ONU expressaram indignação pela morte de civis na Faixa de Gaza num comunicado conjunto em que apelam a um "cessar-fogo humanitário imediato" na guerra entre Israel e o Hamas.

"Durante quase um mês, o mundo assistiu ao desenrolar da situação em Israel e no território palestiniano ocupado com choque e horror perante o número (crescente) de vidas perdidas e devastadas", escreveram os chefes das agências da ONU, numa rara declaração conjunta divulgada este domingo.

Os responsáveis de 18 agências, entre as quais a UNICEF, o Programa Alimentar Mundial e a Organização Mundial de Saúde, lamentaram o número de mortos na guerra entre Israel e o Hamas, desencadeada a 07 de outubro por um ataque do movimento islamita palestiniano em solo israelita.

De acordo com o governo do Hamas, 9.770 pessoas foram mortas, metade das quais crianças, nos bombardeamentos israelitas na Faixa de Gaza desde o início da guerra.

Segundo as autoridades israelitas, mais de 1.400 pessoas morreram em Israel, a maior parte das quais civis, a 07 de outubro.

Em Gaza, "toda uma população encontra-se sitiada e sob ataque, é-lhe negado o acesso ao essencial para a sobrevivência e é bombardeada nas suas casas, abrigos, hospitais e locais de culto", afirma-se na mesma nota. "Isto é inaceitável", acrescentaram.

Os chefes das agências da ONU apelaram também ao Hamas para que liberte os mais de 240 reféns raptados e levados para a Faixa de Gaza a 07 de outubro, e instaram cada uma das partes a respeitar o direito internacional.

É necessário permitir a entrada de mais alimentos, água, medicamentos e combustível em Gaza para ajudar a população, pediram.

"Precisamos de um cessar-fogo humanitário imediato. Já passaram 30 dias. Isto tem de acabar já", defenderam ainda.