O presidente do PS e líder parlamentar do partido, Carlos César, anunciou a aposta socialista numa "nova geração de legislação" que reforce as garantias de "transparência".
"Não hesitaremos, no plano parlamentar, em avançar na missão de reformar a legislação aplicável aos titulares de cargos políticos e de introduzir na ordem jurídica nacional soluções, com sucesso noutros sistemas democráticos e nas instituições europeias", disse César.
O líder parlamentar argumentou que o combate pela transparência "é um travão ao populismo" e, por isso, "contribui para o combate pela democracia, que é sempre o combate do PS".
César sublinhou o facto de se verificar hoje, na sociedade, "um novo sentido de exigência perante os eleitos".
"Os tempos que correm nas democracias bem justificam estes esforços. Não tenhamos dúvidas: Quando a nossa democracia fraqueja é a vida dos portugueses que se desguarnece", advertiu.
O líder parlamentar e presidente do PS evocou a própria história do partido como imperativo para reforço da aposta na transparência: "Temos, simultaneamente, a responsabilidade cívica de liderar a recuperação da confiança dos portugueses na nossa democracia e nos seus partidos e, para isso, a responsabilidade antecedente de reformar e socializar o partido, de reformar e melhorar os sistemas de participação e representação eleitorais, de reformar e descentralizar o Estado, de reformar e vitalizar os mecanismos de escrutínio da atividade política, dos seus resultados e da transparência dos atos e decisões das entidades públicas."
Antes de chegar a este ponto da sua intervenção, Carlos César fez um longo comparativo dos dados económicos atuais com os que se verificavam por alturas do anterior congresso, há dois anos, que, do seu ponto de vista, mostram a "reabilitação do país".
"Sentimo-nos bem a ser o que somos, a defender o que defendemos, a governar como governamos", proclamou, prometendo que o PS "vai prosseguir ainda com maior entusiasmo", sendo para tal "necessário um PS mais forte saído das eleições de 2019".