O embaixador russo no Reino Unido rejeitou a hipótese da utilização de armas nucleares em solo ucraniano. Numa entrevista à britânica BBC, o diplomata afirmou que a estratégia militar de Moscovo não contempla o seu uso em conflitos como o que está a acontecer na Ucrânia.
“De acordo com a doutrina militar russa, as armas nucleares táticas não são utilizadas em conflitos destes. Temos medidas muito rígidas na questão de utilização destas armas”, justificou Andrei Kelin. Segundo afirmou, a possibilidade de utilização deste tipo de armas destrutivas “é sobretudo quando a existência do Estado está em risco”. “Não tem nada que ver com a atual operação”, frisou.
Na mesma entrevista referiu-se a Bucha, dizendo que os crimes reportados foram uma montagem.
O embaixador russo seguiu aquele que tem sido o posicionamento do seu país, recusando ataques a civis e negando crimes de guerra na cidade de Bucha. Pois russos não deixaram corpos no chão, de cidadãos mortos, foi tudo uma “encenação”, afirmou.
Foi decretada mais uma semana de suspensão de circulação de aviões em onze aeroportos no sul da Rússia. O espaço aéreo foi fechado no sul e no centro do país desde o dia 24 de fevereiro, quando invadiu território ucraniano, iniciando a guerra que se arrasta há 95 dias. Agora, a suspensão foi mais uma vez estendida de 31 de maio até 6 de junho.
Erdogan vai tentar promover a paz
Na sequência da guerra na Ucrânia, que iniciou em 24 de fevereiro, a Rússia foi alvo de sanções ocidentais e, em retaliação, cortou o fornecimento de gás e eletricidade a países como a Polónia e a Lituânia.