Na receção ao Papa Francisco na Universidade Católica, esta quinta-feira, a reitora da instituição disse que a instituição do ensino superior tem de se erguer como "a guardiã da esperança".
Na sua intervenção, Isabel Capeloa Gil diz que isto "significa promover a capacidade de sonhar".
A reitora definíu a universidade como "um espaço de busca, de risco, de diálogo e de acolhimento".
"Somos uma universidade em saída, com forte sentido social. Orgulhamo-nos do trabalho com os jovens em situação de fragilidade social e económica, migrantes e refugiados", apontou.
Estudantes declararam a sua fé
Depois da intervenção da reitora da Universidade Católica, quatro estudantes partilharam testemunhos, em frente ao Papa Francisco.
O primeiro testemunho foi feito por Tomás Virtuoso, de 29 anos, Licenciado e mestre em Economia pela Católica Lisbon School of Business and Economics da Universidade Católica Portuguesa.
O jovem realçou que "não é possível uma verdadeira ecologia integral sem Deus, que não pode haver futuro num mundo sem Deus".
O segundo testemunho foi feito por Mariana Craveiro, de 21 anos, licenciada em Psicologia pela Faculdade de Educação e Psicologia da Universidade Católica Portuguesa do Porto.
A jovem contou que a experiência universitária ajudou "a perceber a urgência de manter a prioridade dada à pessoa humana, e assim pude ajudar a servir refeições, todas as semanas, às pessoas sem abrigo e mais necessitadas, no centro da cidade do Porto".
O terceiro testemunho foi de Beatriz Ataíde, de 27 anos, estudante de Filosofia na Faculdade de Filosofia e Ciências Sociais da Universidade Católica Portuguesa de Braga.
A estudante confessou ser "chamada a por Deus a ajudar a erguer os corações feridos pelo pecado".
O quarto e último testemunho foi feito por Mahoor Kaffashian, uma refugiada iraniana de 25 anos, estudante de Medicina Dentária na Faculdade de Medicina Dentária da Universidade Católica Portuguesa de Viseu.
A jovem contou que, inicialmente, foi deslocada do próprio país para a Ucrânia. Com um começo de uma guerra, confessa que o conflito a fez "sentir sobrevivente".
"Acima de tudo, sou crente, e devo o meu olhar de esperança sobre o futuro à extraordinária equipa da Universidade Católica: cuidou e cuidará de mim, no contexto do Fundo de Apoio Social Papa Francisco", revelou.