A nomeação de Alberto Núñez Feijóo, líder do Partido Popular, como chefe do Governo espanhol foi novamente chumbada esta sexta-feira, na segunda tentativa de investidura realizada no Congresso dos Deputados, em Madrid.
Desta vez, ao líder do PP bastava uma maioria simples, em vez da maioria absoluta necessária na primeira votação.
Mesmo assim, o resultado foi idêntico ao verificado na quarta-feira, com a diferença de um deputado do Junts per Catalunya, que se enganou a votar.
Assim, votaram a favor os 137 deputados do PP e os 33 do Vox, um da Coligação Canária e outro da UPN, perfazendo um total de 172 votos.
Votaram contra 177 deputados de PSOE, Sumar, ERC, Junts, EH Bildu, PNV e BNG.
O voto equivocado do deputado do Junts foi considerado nulo.
Durante o debate de investidura, Feijóo dirigiu-se ao líder do PSOE, Pedro Sánchez, para o questionar sobre um eventual acordo com os independentistas catalães, que poderá garantir a investidura aos socialistas.
“Amnistia, sim ou não? Eu digo não, e você? Referendo, sim ou não? Eu digo não, e você?", declarou.
Face a este resultado, o rei de Espanha, Filipe VI, deverá agora convidar Pedro Sánchez a formar Governo nos próximos dias. Contudo, a recondução do ainda presidente do Governo central não está garantida, pois prosseguem as negociações com os independentistas catalães.
O líder do Partido Popular prometeu não se abster na votação de uma eventual investidura dos socialistas. "Não nos peçam o que vocês se negam a fazer", afirmou.
Feijóo venceu as eleições de 23 de julho, mas sem maioria para formar Governo. Se a investidura do líder do PSOE também falhar, Espanha voltará às urnas para novas eleições gerais.