O assassinato do general Soleimani pelas Forças Armadas americanas só pecou por tardio, considera o Presidente Donald Trump, dos Estados Unidos.
Numa série de três tweets publicados esta sexta-feira o Presidente reage ao assassinato de Soleimani dizendo que se trata de um homem que foi responsável por matar e ferir milhares de americanos ao longo dos anos, mas também de iranianos.
“O general Qassem Soleimani matou ou feriu com gravidade milhares de americanos ao longo de muitos anos, e estava a planear matar muitos mais… Mas foi apanhado!”, começa por escrever Trump.
“Foi direta e indiretamente responsável pela morte de milhões de pessoas, incluindo recentemente um grande número de manifestantes mortos no próprio Irão”, continua, acrescentando que o general era temido e odiado no seu próprio país.
“Embora o Irão nunca o admita, Soleimani era odiado e temido no seu próprio país. Os iranianos não estão nem por sombras tão tristes como os seus líderes querem que o mundo pense.”
E termina dizendo que “ele devia ter sido morto há muitos anos!”
Num terceiro tweet o Presidente parece responder àqueles que o criticam por ter optado por uma resposta militar a um problema que devia ter sido resolvido à mesa das negociações. “O Irão nunca ganhou uma guerra, mas nunca perdeu uma negociação!”
Este último comentário parece confirmar que Trump não está disposto a voltar para a mesa das negociações com o Irão e que estará mesmo disposto a recorrer à guerra aberta, caso o Irão retalie pela morte de Soleimani.
Qassem Soleimani foi assassinado num ataque cirúrgico, levado a cabo por um drone americano, na noite de quinta-feira para sexta-feira, perto do aeroporto de Bagdad. Estava acompanhado do líder de uma milícia xiita que opera no Iraque e também do número dois do Hezbollah, uma milícia xiita do Líbano.